A demanda crescente por óleos vegetais na indústria de alimentos e de biocombustíveis tem estimulado o desenvolvimento de pesquisas sobre novas fontes. A Plataforma de Combustíveis de Aviação Sustentável da Universidade de Leuphana (Alemanha) em parceria com a Universidade de Yale (EUA) e a Lufthansa, conduziu um projeto de pesquisa sobre a produção de matérias-primas sustentáveis para combustíveis de aviação entre 2011 e 2013.
Produtos da macaúba
Os resultados indicaram uma espécie nativa do Brasil como a mais promissora produtora de óleo sustentável do mundo! Entre as espécies estudadas em todo o mundo, a macaúba se destacou, pois para sua produção não é preciso desmatar ou implantar uma monocultura. A palmeira convive muito bem com pastagens, além de ser apreciada pelo gado. Diferentemente de seus concorrentes mais fortes, a soja e a palma (dendê). O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) tem desenvolvido pesquisas sobre a macaúba desde 2006. O Professor Carlos Colombo, pesquisador do IAC a mais de trinta anos, é um dos maiores entusiastas da produção de macaúba em consórcio com outras culturas.
O IAC tem trabalhado em parceria com pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) em Pindamonhangaba para implantar na região o Centro de Referência e Pesquisa em sistemas Agrossilvipastoris com macaúba no Vale do Paraíba. A importância da macaúba como alternativa para a geração de renda de forma sustentável foi decisiva para a criação do Edital de Pagamento por Serviços Ambientais (modalidade uso múltiplo macaúba), lançado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo – SIMA, no dia 25 de março. O Programa remunera o cuidado que o produtor tem com as áreas de vegetação nativa e também pagará os serviços ambientais obtidos com o plantio da palmeira em consórcio com pastagens ou lavouras. O edital prevê apoio de até noventa mil reais em um ano para o produtor. Para participar o produtor deverá enviar sua proposta para SIMA. Macaúba é a nova aposta da indústria de óleos e rações
Quem está no campo investindo no desenvolvimento dessa cadeia produtiva é a INOCAS Soluções em Meio Ambiente, uma empresa brasileira-alemã que desde 2018 está instalada na região de Patos de Minas, onde aproximadamente 800 hectares de macaúba já foram plantados em parceria agrícola com diversos produtores rurais. A previsão é atingir dois mil hectares esse ano. A fábrica da INOCAS na região já está funcionando com os frutos coletados por extrativistas de sete municípios. Com apoio do Fundo Vale e recursos próprios, a INOCAS está expandindo sua operação para o Vale do Paraíba, tendo como meta a implantação de 1000 hectares ainda em 2021. Comparativo entre oleaginosas
Sobre a macaúba
A macaúba(Acrocomia aculeata) é nativa do Brasil, tendo seu centro de origem possivelmente em Santarém, no Estado do Pará, com diferenciação entre espécies que estão ao sul e ao norte desta região. É a palmeira com maior distribuição na América, sendo encontrada desde o Uruguai até o caribe. Os frutos são colhidos uma vez por ano entre os meses de dezembro a fevereiro, com estimativa média de produção na ordem de 2.500 kg/hectare/ano. Porém, cultivares estudadas pelo IAC têm atingido média de 5.000 kg/hectare/ano. As pesquisas têm mostrado uma ótima aptidão da macaúba para integração lavoura e pecuária.
Participe do Edital de Pagamento por Serviços ambientais – https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/conexao/documentos/editais/ https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/conexao/documentos/editais/edital-psauso-multiplo-macauba/
Para saber mais sobre a macaúba – http://www.epamig.br/download/informe-agropecuario-265- macauba-potencial-e-sustentabilidade-para-o-biodiesel-2011/
Para saber mais sobre a INOCAS – www.inocas.com.br – Veja depoimentos de agricultores https://instagram.com/inocas.macauba?igshid=1138rz6ans3r4 – Ou entre em contato com nossa equipe no Vale: 12 99766-8417 (Equipe técnica da INOCAS Vale do Paraíba)