Produtores rurais apostam na diversificação da propriedade

Trutas, gatos de raça, ovos, palmito juçara, estão entre os produtos oferecidos no sítio que fica no bairro do Ribeirão Grande

A diversificação da produção em propriedades rurais é uma estratégia que viabiliza a sustentabilidade dos pequenos produtores, garantindo a renda e a segurança familiar. Essa tem sido a estratégia utilizada pelo casal de engenheiros agrônomos e produtores rurais Eleandra e Andreas Plosch, no sítio Forelle, no bairro do Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba. No sítio, que começou com a criação de truta, hoje, os produtores criam gatos da raça Bristish Shorthair, vendem ovos, produzem palmito juçara e frutas do Cerrado.

A história começa com a aquisição do sítio em 1996, quando o casal, recém-formado, buscava uma propriedade para trabalhar com truticultura. “Nós não conhecíamos a região, mas, um dia em Campos do Jordão, tivemos o contato com uma pessoa de Pindamonhangaba, que estava negociando um sítio”, comenta Andreas. Nessa época, Eleandra, trabalhava na cidade de Caçador, em Santa Catarina, em uma ONG de apoio a pequenos produtores.

A localização da propriedade, o clima e, principalmente, a fonte de água limpa e fria, fizeram com que o negócio fosse fechado, imediatamente. Com a melhoria de toda a estrutura, a produção de trutas chegou a 20 toneladas/ano. Os peixes eram vendidos para pesqueiros e restaurantes em Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal, Itú, Jundiaí, Mairiporã, entre outras cidades do Estado de São Paulo. Andreas explica que já naquela época pensaram em plantar palmito juçara para sombrear, proteger e facilitar o manejo das encostas. “Naquele momento não pensávamos em ter nenhum tipo de lucro com o plantio, era apenas para facilitar a manutenção da área”, comenta.

 

 

Sempre pensando na segurança financeira da propriedade, o casal já entendia que mesmo tendo uma produção alta de peixes, eles tinham que ter um “plano B” para a propriedade não ficar tão vulnerável. “Estávamos em busca de outra atividade que também nos desse uma renda interessante. A crise hídrica em 2014 fez com que nossa produção de peixe caísse 30%”, salienta.

 

 

 

 

 

Uma paixão que se tornou carro-chefe da propriedade

Entre a atenção com o trutário e a manutenção do sítio, Andreas tinha um sonho de ter um gato da raça Bristish Shorthair em casa. Sonho que só se realizou em 2007, em razão do valor do animal. O casal se apaixonou pela raça em uma viagem aos Alpes austríacos. Como o investimento para a realização do sonho foi alto, pensaram que poderiam ter ao menos uma ninhada para abater o custo da compra. Foi então que buscaram informações sobre a raça (melhores criadores, genética, comportamento, tipos de animais), tudo que pudesse contribuir para essa primeira incursão no mundo dos gatos britânicos.

Andreas comenta que a esposa Eleandra ainda tinha dúvidas a respeito da venda dos animais. “Ainda existe muito preconceito com os gatos e naquela época existia mais ainda. Então ainda não sabíamos se conseguiríamos compradores”, comenta. “Tudo era muito novo e como o investimento era alto, o sucesso na venda não era garantido”, salientou Eleandra. Mas, qual não foi a surpresa do casal, ao vender a primeira ninhada muito rápido.

Foi então, que em 2008, o casal decidiu que criaria gatos da raça Bristish Shorthair, mas, agora de forma profissional e com excelência. O Plano B começava a ser colocado em prática. “Começamos a estudar e a entender como de fato funcionava uma criação responsável e cuidadosa. Foram muitas conversas com veterinários e criadores, muita troca de informação”, salientou Eleandra. As primeiras matrizes vieram da Europa. “Eram animais com o melhor perfil da ninhada, de genética excelente, animais que ganhariam destaque entre os compradores”, comenta Andreas.

Hoje, o Gatil Forellenhof se tornou o carro-chefe da propriedade, vendendo animais para todo o Brasil e para outros países. Os animais são calmos, alegres e sociáveis. Com pelagem curta e densa, lembram um ursinho de pelúcia. Mas, para entregá-los aos novos tutores, os animais são castrados, chipados, vermifugados e vacinados; saem com pedigree e usando o banheiro. “Esses cuidados garantem a saúde, a segurança e o bem-estar dos animais”, ressalta Andreas. O criador destaca ainda, que antes de adquirir um animal como esse é preciso pesquisar a procedência, transparência e integridade do Gatil.

Dessa forma o casal Eleandra e Andreas, acredita que valeu a pena apostar na diversificação como forma de geração de renda. “Esse é o caminho em qualquer atividade. Se você fica refém de apenas uma fonte de renda, pode comprometer a segurança da propriedade”, concluiu Andreas.

 

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