O criador da raça, Ricardo Casiuch, tem mais de 10 livros publicados e outros 4 em produção.
O amor e o respeito ao cavalo Mangalarga Marchador surgiram muito cedo na vida do criador e escritor, na propriedade da família na cidade de Sacra Família do Tinguá, na região de Vassouras. “Eu morava em Copacabana e com 12 anos ganhei minha primeira égua, a Gina. Os vizinhos também eram criadores e começou ali a minha curiosidade em estudar a raça”, explica Ricardo.
No livro “A História do Cavalo Real – As Costelas do Abismo”, o escritor destaca os mais influentes garanhões do século XX na raça Mangalarga Marchador. Já no início do livro, o criador e escritor questiona: “Mas, afinal, o que é ser um garanhão influente? E responde: “ser influente é deixar rastros que o tempo não apagará jamais; que as pistas de julgamento não necessitem valorizar com premiações diretas; ou ainda, que se perceba claramente entre seus descendentes, detalhes marcantes e compartilhados de morfologia e andamento”. O livro é uma viagem pela origem da raça e mostra, linhagens, histórias, fotos e até documentos antigos. A publicação apresenta também belos exemplares que compõem o ranking atual do século XXI.
Com as raízes na terra, Ricardo formou-se em Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro- Km 47, onde também trabalhou com o plantel de equinos, aproveitando para desenvolver suas pesquisas na Biblioteca Central, uma das maiores do Brasil e muitos exemplares sobre o cavalo Mangalarga Marchador. “Me dediquei às pesquisas e consegui reunir um arquivo rico em informações, que usaria mais tarde em meus livros”, explica.
O criador, que também é técnico de registro genealógico e juiz de exposições, iniciou sua carreira em uma multinacional de defensivos agrícolas, mas, era na criação e na pesquisa com cavalos que se realizava. Aos finais de semana, visitava fazendas para desenvolver os registros e em uma dessas visitas, Ricardo chegou à Pindamonhangaba e mais uma vez o cavalo Mangalarga Marchador marcou a sua vida. Durante uma visita de inspeção para registro dos animais, conheceu a esposa Patrícia, médica ginecologista, em Pindamonhangaba . “Foi tudo muito rápido, nos casamos sete meses depois”, comenta.
Ricardo Casiuch, Patrícia Casiuch e nosso filho Abílio
De acordo com o escritor, o primeiro livro, publicado em 1989: “Cocheira Nobre – Crônicas da Raça Mangalarga Marchador”, foi um livro bastante interessante, porém, bem mais simples, editado em preto e branco, com um custo mais baixo. “A partir daí a ideia foi fazer livros mais elaborados, com capa dura e material mais sofisticado”, salienta. Em 1997, publicou “O Romance da Raça: Histórias Raça Mangalarga Marchador, com apoio cultural de 3 criadores e impressão de 1500 exemplares, que se esgotou muito rápido.
Para desenvolver suas pesquisas, o escritor viajou pelo Brasil inteiro e pelo mundo, buscando informações com criadores e bibliotecas, em diversos países, como: França, Irlanda, Áustria, Portugal, entre outros.
Em nossa conversa, o escritor conta que os cavalos eram introduzidos no Brasil, sempre pelo litoral, especialmente, por Pernambuco, Bahia e São Vicente (SP). Desses locais se multiplicavam do Vale do São Francisco até Minas Gerais e São Paulo. Outros ainda chegavam por Santa Catarina. “Os cavalos lusitanos já existiam no Brasil, porém, com a fuga de Dom João VI e sua corte para o Brasil em 1808, um de seus reprodutores Alter, que veio nos porões das caravelas, foi levado para a Fazenda Campo Alegre, na região de Cruzília, em Minas Gerais, de Gabriel Francisco Junqueira – Barão de Alfenas. Esses animais e outras linhagens, deram início às raças Mangalarga e Mangalarga Marchador”, explica.
Vale ressaltar que Ricardo, criador e escritor, é vice-presidente da Fundação Barão de Alfenas, Entidade responsável pela gestão e manutenção do Museu Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, que fica na cidade de Cruzília, Sul de Minas Gerais. De acordo com o escritor, o Museu é parada obrigatória para quem gosta da raça ou quer conhecer mais sobre ela. “O Museu tem um belo acervo e recebia, antes da pandemia, cerca de 500 visitantes por mês, que observam histórias, fotos, principais fazendas criadoras, entre outros materiais”,
Ricardo avalia que o objetivo de escrever os livros é compartilhar tudo que aprendeu com suas pesquisas e suas experiências com a raça. “Me sinto realizado profissionalmente, gostaria até de ter mais livros publicados, mas, a cada livro publicado o grau de exigência vai aumentando. E a pesquisa nunca acaba”, conclui.
Para conhecer mais sobre o trabalho desenvolvido pelo escritor e também conhecer todo material publicado, basta acessar o site: www.pedigreedaraca.com.br.
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