APTA Regional de Pindamonhangaba realiza evento sobre horta medicinal

Orientar sobre a formação de uma horta medicinal a partir do reconhecimento botânico das espécies, tratos culturais do cultivo, a colheita e uso seguro das plantas selecionadas é o objetivo da live Horta Medicinal: Identificação Botânica, Cultivo, Colheita e Usos, organizada pela APTA Regional de Pindamonhangaba, unidade de pesquisa ligada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O evento online e gratuito ocorrerá em 20 de agosto, a partir das 13h30 e será transmitido pelo Youtube da Secretaria de Agricultura.

De acordo com a pesquisadora da APTA Regional, Sandra Maria Pereira da Silva, as hortas medicinais são compostas por plantas medicinais e aromáticas, como hortelã, boldo e erva cidreira. “Esse tipo de horta tem foco em plantas com atividades biológicas que podem ser usadas de forma segura e eficiente como chá, ou desidratadas, por exemplo”, explica.

O cultivo dessas plantas pode ocorrer em diferentes ambientes, como em vasos dispostos em apartamentos e quintais, ou até mesmo em espaços públicos. “Na live, vamos falar sobre como montar essas hortas para serem didáticas, para que a população tenha acesso a elas em ambientes públicos e possa replicar em suas casas ou em sua comunidade. Vamos também compartilhar conhecimento com as pessoas para identificação botânica das plantas. Temos diversos tipos de boldos e de cidreiras, por exemplo, por isso, é muito importante ter esse conhecimento sobre as espécies”, afirma Sandra, que ministrará palestra na live ao lado engenheira agrônoma, Maria Cláudia Silva G. Blanco, coordenadora de projetos da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CATI/CDRS) na área de plantas aromáticas e medicinais, responsável pela capacitação dos técnicos nesta área.

Políticas públicas

A pesquisadora da APTA atua há mais de 20 anos em projetos com o uso de plantas medicinais e aromáticas como políticas públicas, principalmente, na área da saúde. De acordo com ela, pesquisas científicas já definiram a segurança do uso de determinadas plantas e a dosagem que podem ser utilizadas.

Sandra estuda em Pindamonhangaba mais de 65 tipos de plantas medicinais e aromáticas para uso como fitoterápicos e para produção de óleos essenciais e hidrolatos. Projeto realizado no município busca utilizar esses fitoterápicos na rede pública de saúde.

Um dos exemplos é o uso da babosa com efeito cicatrizante. “A erva baleeira é outro exemplo. Auxiliamos em estudo para utilizá-la em forma de pomada para efeito anti-inflamatório”, afirma, conforme orienta o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira.

Em 2020, Pindamonhangaba aprovou o projeto de estruturação da Farmácia Viva, com participação da APTA, que busca do plantio à entrega nas unidades de saúde de oito fitoterápicos. A verba de R$ 872 mil, vinda do Ministério da Saúde, deverá ser utilizada até 2023.

“Nesse projeto vamos também capacitar profissionais da rede e usuários do SUS, para entender que as plantas precisam ser usadas com segurança para ter eficácia. As plantas medicinais e aromáticas fazem parte do saber popular, mas precisam ser utilizadas de forma correta para produzirem o efeito desejado”, diz Sandra.

Como montar em casa?

Os passos para montar uma horta medicinal em casa não se diferem daqueles necessários para uma horta comum, de verduras. Os cuidados vão desde a necessidade do preparo do solo; calagem (aplicação de calcário); uso de sementes e mudas certificadas, comercializadas por empresas sérias ou órgãos públicos; adubação orgânica e tratos culturais, os quais irão garantir a qualidade dos aspectos fitossanitários e fitoquímicos da planta medicinal e da droga vegetal final. Outro ponto importante é a realização de cultivo de acordo com os princípios da agricultura orgânica. “As outras dicas, poderão ser vistas na live”, adianta a pesquisadora.

SERVIÇO

Live Horta Medicinal: Identificação Botânica, Cultivo, Colheita e Usos

Data: 20/08/2021

Horário: 13h30

Acesso: https://www.youtube.com/user/agriculturasp

Fonte: Assessoria de Comunicação Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Foto: divulgação

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