Cristiane de Almeida Pontes Hungria – pioneira na comunicação rural da região

A jornalista Cristiane de Almeida Pontes Hungria é uma dessas pessoas que enche os profissionais de comunicação de muito orgulho. Foi pioneira na assessoria de comunicação rural, em uma época em que poucos profissionais se aventuravam no setor. Casada com José Luiz de Mattos Soares Hungria, Cristiane tem dois filhos, Lucas e Marina; e espera ansiosa a chegada da neta Helena.

Formada em 1983, Cris Hungria, fez estágio no Jornal da Cidade, na Tribuna do Norte e na antiga Alcan. Mas, foi depois de um processo seletivo da Secretaria de Agricultura, que a jornalista deu início a sua longa carreira no meio rural.

Ela explica que o fato de ser casada com um engenheiro agrônomo e também ter um sogro engenheiro agrônomo, contribuiu muito para o começo de sua profissão divulgando as notícias do campo. “Eu tive sorte, fui contratada para trabalhar na regional de Pinda, que era responsável por 40 municípios, mas, era um campo desconhecido pra mim. No início, sempre mostrava os textos para o Zé, ainda não tinha familiaridade com os termos técnicos e ele me ajudava”, comenta. De acordo com a jornalista, no início não faltaram desafios, mas, também, sobrou apoio dos amigos de trabalho, dos chefes e coordenadores. “Como tudo ainda era novo, toda equipe se ajudava e apesar de bastante trabalho, fomos nos tornando referência para a imprensa que buscava informações do meio rural”, explica.

Durante os anos de trabalho dedicados à informação rural, Cristiane lembra com carinho da forte parceria com o historiador e jornalista João Evangelista de Faria, conhecido como João Rural. “Trabalhamos juntos para o suplemento rural do jornal Vale Paraibano, um profissional incrível muito respeitado pela maneira que resgatava as raízes rurais, foi uma grande escola”, comenta. E pelo caminho, a jornalista foi encontrando mais profissionais que também se dedicavam à divulgação do meio rural. “O jornalista João Carlos de Faria se juntou à equipe do suplemento e foi uma grande surpresa. Juntos, fizemos muitas matérias, e participamos de muitas aventuras”, salienta. Isso porque na busca por uma pauta relevante, a jornalista já teve que correr de boi bravo no pasto, atravessou estradas a cavalo, trabalhou com a perna quebrada, atolou em estradas rurais, entre outras histórias. “Mas, me orgulho de ter vivido tudo isso e saber que de uma forma ou de outra, o nosso trabalho contribuiu para melhorar a vida dos produtores rurais da região e, ainda, divulgamos para quem mora na cidade, a importância do homem do campo”, explica emocionada.

Ao longo da vida profissional, Cristiane Hungria, foi conquistando o respeito de pessoas da área rural e colecionando amigos. “A Cristiane, além de grande amiga de longa data, é uma excelente profissional e uma das jornalistas mais dedicadas à causa rural que eu conheço. Trabalhamos juntos e realizamos muitas reportagens que marcaram época no jornalismo rural da região. Sou admirador e fã incondicional dela”, ressalta o jornalista João Carlos de Faria. Além do trabalho desenvolvido para o Suplemento Rural, Cristiane também atuou como freelancer para a revista Balde Branco, desenvolvendo muitas pautas relevantes para atividade de pecuária leiteira e também ajudou a desenvolver o informativo do Sindicato Rural de Pindamonhangaba. Com uma mente inquieta e com um enorme desejo de contribuir para o desenvolvimento rural, Cristiane fez especialização em Ecoturismo: Interpretação e Planejamento de Atividades em Áreas Naturais, pela Universidade Federal de Lavras-UFLA. “O objetivo era melhorar meu desempenho nas novas funções que estava desenvolvendo na área de turismo rural, realizando encontro de mulheres, seminários de meio ambiente e turismo, entre outras ações voltadas à comunidade rural. Um trabalho, que também me trouxe muito orgulho, pois era real o poder transformador, especialmente, nas mulheres que trabalhavam e moravam no campo”, comemora.

A palavra que define a jornalista é “pertencimento” e ela explica: “Desde sempre me senti parte de tudo isso, do trabalho que desenvolvia na Secretaria de Agricultura feito a partir da comunhão com muitos profissionais dedicados. Me senti parte das comunidades que assistimos com os projetos, me senti parte, das muitas transformações que ocorreram no agronegócio e que nos provocava sair da zona de conforto, mas, sempre entender que trata-se de relações humanas, em que pessoas estão interagindo”, ressalta. E depois de 34 anos dedicados à comunicação rural, Cristiane sente-se uma profissional realizada. “Eu agradeço a Deus por todo o caminho, agradeço a cada diretor que por aqui passou, agradeço aos colegas de trabalho, pela caminhada e pela troca de experiências”. Para quem acompanhou de perto o trabalho da jornalista, a certeza da vocação para a comunicação rural. “Desde sua contratação em 1985, Cristiane Hungria sempre demonstrou uma vocação incrível para o jornalismo tendo se especializado profundamente na área do agronegócio, na nossa cultura rural e tudo que diz respeito às pessoas do campo. Seja levando informações aos produtores, seja levando ao cidadão urbano uma visão da importância da zona rural, ela contribuiu extraordinariamente para o desenvolvimento sustentável de nossa região pelo que seremos eternamente gratos e, além disso tudo, pudemos ainda desfrutar de uma sólida amizade”, comenta João Bosco Andrade Pereira, presidente do Sindicato Rural de Pindamonhangaba e ex-diretor da CATI.

No mês dedicado às mulheres, fica a homenagem do jornal Nossa Terra, Nossa Gente, a ela que além de uma excelente profissional é mãe, avó, esposa, amiga e como tantas mulheres desde o início, dividiu seu tempo, entre o trabalho,  a família, as amizades, sem nunca duvidar que era possível ser plena em cada uma dessas funções.

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